Ministério da Agricultura investiga morte de 34 cavalos após consumo de ração contaminada em Jarinu

  • 03/07/2025
(Foto: Reprodução)
Levantamento obtido pelo g1 contabiliza 645 mortes de animais em ao menos seis estados brasileiros. Ministério da Agricultura proíbe venda de produtos de empresa após mortes de cavalos A morte de 34 cavalos em Jarinu (SP) está sendo investigada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em todo o estado de São Paulo, 83 estão sob investigação. A suspeita é de que os animais tenham ingerido ração contaminada. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em 6 de junho, o órgão federal informou que investigava a morte de dezenas de cavalos em propriedades rurais de Itu e Cabreúva (SP). Conforme o Mapa, as mortes ocorreram durante um período de 20 dias. Segundo o órgão, a Fiscalização Federal Agropecuária investiga nos locais onde foram registrados mortes ou adoecimentos de equinos, com o objetivo de identificar as possíveis causas. Até esta quinta-feira (3), o que os casos têm em comum é o consumo de rações da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. No dia 17 de junho, o Mapa determinou o recolhimento dos produtos destinados a equídeos fabricados pela empresa com data de fabricação a partir de 21 de novembro de 2024. Em nota, a pasta informou que a empresa está sob investigação, e a comercialização dos produtos foi suspensa por risco à saúde animal. Segundo o órgão, durante as inspeções foram constatadas irregularidades que motivaram a suspensão cautelar da atividade de fabricação de todas as rações da empresa. A TV TEM procurou a Nutratta, empresa responsável pela fabricação da ração "Forrage Horse", mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Pelas redes sociais, a empresa informou que conduz investigações de campo e que recolheu lotes de rações para equinos fabricados a partir de novembro de 2024, conforme determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária. "O recolhimento é uma medida de precaução e permite uma investigação técnica mais aprofundada, incluindo análises laboratoriais dos lotes suspeitos. A Nutratta tem colaborado integralmente com os trabalhos em andamento perante o Mapa. Nesse sentido, reforçamos a determinação de recolhimento e não comercialização e/ou utilização de rações provenientes desses lotes", cita o comunicado. Casos em diversos estados Um levantamento obtido pelo g1 contabilizou 645 mortes de animais em ao menos seis estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Alagoas). Conforme o levantamento, o número de mortes seria muito maior do que o informado pelo Mapa. Somente em São Paulo, são 287 mortes em decorrência da intoxicação. Há ainda 368 animais em tratamento e 199 em observação em todo o país. LEIA TAMBÉM: Em processo que custa mais de R$ 300 mil, égua campeã no hipismo tem clone gerado em haras no interior de SP Bezerro cai em piscina e vaca 'comemora' resgate com rebanho no interior de SP; vídeo Cetesb libera construção de marginal direita do Rio Sorocaba; contrato é de R$ 33 milhões Os dados foram coletados pela advogada Alessandra Agarussi, que representa o interesse de proprietários de cavalos infectados. Ela reuniu informações compartilhadas até terça-feira (1º) em um grupo no WhatsApp chamado "Vítimas da Nutratta". "A ração não poupou ninguém. Levou animal novo, velho, de raça, com registro, sem registro, mestiço, sem valor comercial, de valor acima de R$ 2 milhões. O caso é gravíssimo. A informação é que nunca na história deste país aconteceu uma contaminação desta magnitude", disse ao g1. De acordo com a proprietária de uma égua que morreu em Itu (SP), o animal começou a rejeitar ração. "Ela consumia essa ração no outro estabelecimento que estava em Itu. Quando eu trouxe ela pra cá, ela já não quis mais comer ração. Como ela não quis comer, eu troquei por outra marca, mesmo assim ela não quis. Só comia capim ou volumoso. Começou a ter perda de peso. E 26 dias depois ela começou a apresentar dificuldade para urinar, daí começou a apresentar uma lesão hepática e ficou muito apática", relatou Márcia Silva de Lima. Exames feitos na égua comprovaram que a égua morreu por intoxicação alimentar. Alterações hepáticas, renais e pulmonares foram constatadas em exame feito no corpo de égua que morreu em Itu (SP) TV TEM Investigação O Ministério da Agricultura e Pecuária citou dificuldades em apurar os novos casos citados pela reportagem, pela falta de comunicação formal via Ouvidoria do órgão. "Outro fator que dificulta o trabalho de fiscalização é a natureza dos sintomas apresentados pelos animais, que podem surgir tardiamente após a interrupção do uso da ração. A evolução clínica dos equinos, marcada por insuficiência hepática seguida de piora repentina, tem tornado ainda mais complexa a estimativa precisa do número total de óbitos", justifica. A fabricante impetrou mandado de segurança contra as medidas adotadas, e o Mapa já prestou os devidos esclarecimentos ao Poder Judiciário, aguardando atualmente a decisão judicial. Denúncias e informações relacionadas ao caso podem ser feitas pelo site do governo federal. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/07/03/ministerio-da-agricultura-investiga-morte-de-34-cavalos-apos-consumo-de-racao-contaminada-em-jarinu.ghtml


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